47 – Crianças Ao
Ataque
O centro da cidade
começava a tornar-se um campo de batalha sangrento. Pela visão de alguns seria
a personificação do Inferno descido à Terra.
Perto da escola
Okane já era possível ouvir o que se passava nos arredores da cidade.
As linhas da frente
da proteção da escola preparavam os planos de defesa sob o comando de Sakai
Ryu.
Tinham de admitir
que apesar da loucura das ideias, em situações de risco, as soluções dele
pareciam ser as mais eficazes.
Depois de uma longa
conversa e poder de persuasão, Hinaichigo e Hatanne conseguiram regressar a
Okane. Já ocorrentes da situação, e graças ao treino que desde pequena o pai
adotivo lhe impora, a rapariga fora incluída nos planos de defesa.
As armadilhas em
volta do edifício espantavam os alunos que nunca pensaram que o sitio onde
estudavam fosse quase um forte militar.
A calmaria
instalada fazia-os esquecer da complicação em que se encontravam. Isto até o
som das armadilhas a destrancar começar a ouvir-se.
Um grupo de alunos
juntava-se em frente ao portão.
- Devemos atacar? Eles
estão a aproximar-se.
- Onde está o
Diretor? Ele não devia estar aqui connosco?
A sensação de uma
aura negra a aparecer por detrás deles faz com que se arrepiem. Com aquela
intensidade só podia ser uma pessoa e até já se podia imaginar a razão.
- Onde?
Hinaichigo chega
perto deles a tempo de perceber o que se passava. Os olhos pedintes dos
presentes suplicavam por ajuda.
- Anne, o que se
passa? – Pergunta a rapariga.
- Onde é que está
aquele velho pedófilo? Estamos a ser atacados e ele está por aí a vadiar!
O barulho do motor
de uma moto interrompe as conversas.,
Todos suavam frio
com a perceção do que aconteceria a seguir.
A moto saiu da
garagem da escola com Sakai Ryu a conduzir. O ar alucinado dele só enervava
mais a rapariga de Red.
- Diretor!
- Estou saindo
meninos! Deixo tudo nas suas mãos Miss Anne! – E com isto Sakai arranca a fundo
atropelando alguns inimigos pelo caminho.
- Mas que merda?!? Volte
aqui seu maldito!
Meia dúzia de
homens desconhecidos atravessam o campo de visão deles. O inimigo já
ultrapassara a linha de armadilhas.
Anne toma a frente
do grupo. Com toda a raiva acumulada por causa do Diretor irresponsável quem se
metesse contra ela naquele momento iria arrepender-se.
Como se não bastasse,
um sussurro do outro lado em que comentava que eram apenas “crianças” chega aos
ouvidos dela.
- Eles chegaram. E agora?
- Morram.
***
A velocidade em que Black se tornava um
mar vermelho espantaria até o Deus da Guerra.
No campo da frente
risos loucos ouviam-se por todo o lado. O que deveria ser assustador, para
aquelas pessoas não passava de puro divertimento.
Em cada canto e
esquina ocorria uma luta e consequentemente uma morte ou mais.
Até àquele momento
nada se diferenciava das noites na cidade e na verdade os inimigos até não eram
assim tão fortes. A confiança começava a tomar conta deles e os mais velhos
temiam pelo que aí vinha. Ninguém se envolveria numa luta que não podia ganhar
por isso acreditavam que havia alguma carta na manga que eles desconheciam.
E enquanto a
confiança aumentava mais alguém morria aparentemente sem explicação.
Continuavam sem
ligar àquelas evidências até que de um passaram para dois, e para três até que
por um inimigo morto morriam quatro ou cinco membros da cidade.
E finalmente, no
centro de Black, onde estavam os chefes, aparecem os mais temidos. As mentes
por detrás do ataque. Os verdadeiros inimigos.
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