Zona Obscura - Quadragésimo sexto

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P.S: Antes de mais queria pedir que não me matassem pelos 4 meses e tal sem postar ZO. Andei com um bloqueio total e só à pouco tempo consegui completar este capitulo. Para quem quiser recordar onde ficou a história vejam o último capitulo aqui. Boa leitura e não deixem de comentar!


46 – Chegada Do Inimigo

  Era impressionante a visão que se tinha da cidade. As crianças já tinham sido evacuadas. Por mutuo acordo acharam por bem escondê-las na escola Okane. Sakai Ryu e alguns alunos ficariam encarregues de os proteger.
  Qualquer pessoa que saísse ou se encontrasse na rua estava armada com todo o tipo de objetos e alguns até vestiam coletes anti-bala. O primeiro chefe Supremo com certeza ficaria orgulhoso daquela situação.
  As encarregadas de liderar o exército da cidade seriam Analie e Syrena. Por muitas desavenças que tivessem não deixavam de ser uma dupla infalível, mesmo que não admitissem.

  Um estrondo seguido de uma enorme nuvem de fumo chamam a atenção de toda a cidade para o portão principal. A primeira linha de ataque, onde se encontravam as duas mulheres de Blue, prepara-se.
  Por entre o fumo começa a distinguir-se a silhueta de algo grande, muito grande.
  - Aquilo é um tanque não é? É um tanque!? – Analie observava pelos binóculos com um ar estupefacto.
  Syrena limitava-se a olhar para o “monstro” de guerra que saía da nuvem de fumo.
  - Porque raio é que eles têm um tanque? Isto já é demais! Ninguém me falou disto! – Continuava a mulher a reclamar.
  Uma gargalhada ecoa por trás delas. O som divertido misturado com uma pitada de loucura faz os pêlos da nuca dos homens se arrepiarem. Não era preciso virarem-se para saberem a quem pertencia tal atitude.
  - Alice Yoru… – A voz de Syrena soava tão rude quanto a sua expressão de asco.
  - Então idiotas? Assustados com aquele brinquedinho? – O sorriso não desaparecia dos lábios da serial killer.
  “Estamos é assustados contigo!”, pensavam os presentes.
  Pelo silêncio e falta de ação ninguém diria que um inimigo estava cara a cara com eles.
  Infelizmente o inimigo não pensava assim:
  - CUIDADO!
  Não sabiam se ficavam espantados com o ataque repentino ou com o que se seguiu.
  Assim que o barulho do disparo do tanque se ouviu, enquanto todos se preparavam para fugir, Alice Yoru agarrou numa bazuca e atirou.

  Ambos os projécteis chocam causando uma explosão digna de uma verdadeira guerra mundial. O impacto faz com que alguns dos homens sejam atirados violentamente para longe.
  Ainda zonzos, alguns até com pequenas feridas, começam a levantar-se. Incrivelmente Alice continuava de pé apoiada na bazuca com um sorriso sinistro nos lábios. Um filete de sangue escorria da sua testa. Pensando bem parecia que ela encarava alguém do outro lado da cortina de fumo, pó e detritos.
  Quando se ouvem gritos de guerra e vultos começam a ficar visíveis já todo o exército estava preparado. De armas em punho e ansiosos para o que aí vinha a ordem das mulheres encarregues da chefia ecoa pelo meio deles:
  - Matem-nos!!!
***
  Os tiros acompanhados de gritos banhados de terror já se faziam ouvir nos quatro cantos da cidade. Como era de se esperar o grande aparato na entrada principal serviu quase exclusivamente como distração enquanto os outros pontos de entrada eram dizimados e ultrapassados. Cada chefe colocara barreiras nas suas fronteiras para que o único caminho possível fosse para Black, que iria ser, mais uma vez, o palco do confronto.
  Entre toda aquela paisagem de guerra algo se destacava por não fazer sentido. A porta do White Bar encontrava-se aberta como em qualquer outro dia normal. Mesmo que a confusão ainda não tivesse chegado até lá aquela atitude impensável deixava os cidadãos receosos. Era tal e qual uma provocação.
  O cheiro a café quente passava pela porta espalhando-se pelos arredores e se não fosse pela situação atual muitos teriam ido até lá. Isso e a ideia fixa de que aquele era um convite não dirigido a eles.
  O vapor fumegante voava da chávena até desaparecer levado pela brisa. Sentada na cadeira a Informadora encarava o liquido castanho. O silêncio reinava. Depois de se ouvir o primeiro estrondo Raven desaparecera imediatamente e convencer Kenji a ir também não demorou muito mesmo que contra a sua vontade.
  Sozinha naquele bar, Sam ouve os passos que anunciavam a presença de alguém:
  - Tenho de admitir que não era a tua visita que eu esperava.
  - Isso é muito cruel Marechal*. – Um homem com um sorriso misterioso senta-se me frente à mulher.
  - Suponho que não estejas aqui para me matar.
  - Pode não parecer mas sou um homem inteligente.
  - Então o que te traz aqui?
  - Não acreditaria se eu dissesse que é apenas uma inocente visita?
  - Sou uma mulher inteligente.
  Uma gargalhada faz-se ouvir ecoando pelo bar vazio.
  - Vim apenas ver como estava depois do nosso último encontro. Eles foram muito malvados.
  - Charlles, abre o jogo. Somos inimigos e eu conheço-te o suficiente para saber que estás a planear algo.
  O homem levanta-se, pega na chávena e bebe:
  - É um ótimo café. – Começa a dirigir-se para a saída. – Marechal, sabe que eu sou só um espectador. E ele veio para matar. Qual dos dois ficará de pé no final?

*A mais alta patente do exército
#Imagem de Charlles na página dos personagens ^^

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