O dia corria calmo e sem quaisquer distúrbios.
Um homem elegante de cabelo cinza vagueava imponentemente pelas ruas de Black. Ao longe passava despercebido mas quem o visse mais de perto conseguia perceber que era Davis, o líder de Grey.
Ele pára em frente ao White Bar, que por sinal estava fechado.
Rondando a zona ele vê um cidadão da vila a passar.
- Desculpe cavalheiro, poderia dizer-me porque é que o bar se encontra fechado?
O homem olha-o desconfiado:
- Hoje é dia de folga da Informadora, senhor.
- Oh, compreendo. Agradeço pela ajuda.
Davis solta um pequeno suspiro de desapontamento e arrasta-se até um banco de pedra onde se senta.
As pessoas que passavam na rua observavam discretas e surpresas por verem um chefe de uma vila ali sentado como se fosse a coisa mais normal do mundo. Algumas mulheres cochichavam dando risinhos e quando ele retribuía com um sorriso elas "derretiam-se" todas.
O chefe de Grey pega no telemóvel e marca um número. Após alguns toques a pessoa do outro lado atende:
Sim?
- Lady Sam?
Duque Davis?
- Oh, reconheceu-me. Que honra. - Davis sorri para o aparelho. Tinha ligado para a Informadora.
Claro. É o único que me trata por lady. Mas a que se deve este improvável telefonema?
- Apenas cortesia. Vim até Black e achei por bem visitá-la, visto que da outra vez referiu que nunca a vínhamos ver, mas encontrei o seu bar fechado.
Ah. Hoje é o meu dia de folga e o Kenji está a tratar de algumas coisas a meu pedido. É por isso.
- Hum. Sente-se bem Lady Sam? A sua voz parece um pouco fraca.
É só um pequeno resfriado. Isto com um chá de limão passa.
- Tem a certeza?
Tenho. Não se preocupe Duque.
- Bom, se o diz. - Uma limusina branca estaciona na estrada em frente ao banco de Davis. - Oh, o meu transporte chegou. Terei de desligar.
Claro. Obrigado pelo telefona.
- De nada. Se não quiser ter trabalho em fazer o seu chá de limão é bem-vinda à minha mansão para tomar um comigo.
Terei o seu convite em mente.
- Então até à próxima Lady Sam. As melhoras.
Obrigado. Até à próxima Duque Davis.
Davis desliga a chamada. Com um ar sério ele levanta-se e sacode as calças.
O motorista sai do carro e abre a porta de trás para o patrão entrar.
- Senhor, para onde?
- Para a mansão.
- Com certeza.
A limusina afasta-se em direção a Grey. A conversa com o Supremo, a atitude da Informadora. Não sabia porquê mas algo no mais fundo do seu ser lhe dizia que tempos negros se avizinhavam.
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