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Estudantes normais ou delinquentes? Um castigo injusto!
Mais uma semana se tinha passado e os
professores continuavam a ignorar as duas alunas. Pode dizer-se que estavam
mesmo a ser ignoradas, pois já nem como simples alunas estavam a ser tratadas,
mas quase como delinquentes.
Apesar das tentativas de Ana para chamar a
atenção de Sanji, o cozinheiro nem olhava mais para ela. No caso de Cátia,
apesar das aulas com Robin serem aulas normais, comparadas com as de Ana, a
professora de história estava claramente a evitar qualquer conversa que
estivesse fora do contexto das aulas. Até Zoro havia parado de abordar a aluna
de história. Tal como todos os outros professores faziam agora com ambas as
alunas.
****
Era agora terça-feira, Cátia levantou-se
primeiro para se preparar para as aulas. Ana estava ainda num sono profundo,
toda aquela situação tirava-lhe algumas horas de sono durante a noite e aquela
era a altura perfeita para as repor.
A rapariga sai do quarto tentando não fazer
muito barulho e vai para a sua sala. Pelo caminho ouve alguns rumores sobre si
e sobre a sua colega, mas simplesmente tudo o que diziam. Ela sabia qual era a
verdade e não se queria irritar logo de manhã, muito menos com algo como
aquilo. No entanto sabia que iria ser um problema se Ana ouvisse aquilo.
Pouco tempo depois a aluna de culinária
acorda com o som do despertador. Ainda ensonada prepara-se para ir ajudar na
cantina. Tomou um duche para acordar, vestiu-se, pegou no telemóvel e saiu.
Tal como em todas as terças os corredores por
onde passava estavam vazios. Foi até à sala de professores onde era o seu ponto
de encontro com Sanji, mas a sala já estava vazia. Então foi até ao vestiário
feminino que ficava ao lado da cantina.
Quando entrou no vestiário viu algo colado no
seu cacifo. Ao ver o que era não podia ter ficado mais irritada.
No seu cacifo estava colado um papel com um
recado escrito nele dirigido à aluna de culinária:
“Ana,
Hoje não preciso de ti.
Podes tirar o dia para descansar.
Sanji”
- O que é isto? – A raiva da pequena deixou
fugir as suas garras. – Onde está o “chwan”? E os corações? Que merda de recado
é este?
A rapariga rasgou o papel em pedacinhos
ilegíveis e saiu batendo a porta com força. Mais um pouco e a porta ter-se-ia
partido. O dia não lhe estava a começar nada bem.
Encostado do outro lado da parede, no
vestiário masculino, estava Sanji a fumar um dos seus cigarros enquanto se
lamentava por ter de fazer aquilo à sua querida aluna.
Mesmo não querendo ele acabou por ouvir os
boatos sobre Ana e Cátia que pairavam pelos corredores da escola, bem como os
outros professores. Na tentativa de remediar aquilo o cozinheiro decidira
afastar-se ainda mais da sua pupila até que tudo acalmasse. O que implicava
dispensar a ajuda da rapariga na cantina.
Depois de matar o tempo livre a vaguear pela
escola Ana pôs-se a caminho da cantina para encontra-se com Cátia e contar-lhe
que a sua situação com o seu sensei piorara.
A caminho da cantina, ainda fora do edifício,
passa por um grupo de raparigas que iam em direção aos dormitórios. Passaram
por ela em silêncio e quando já estavam a alguma distância disseram algo que
Ana não pode deixar de ouvir.
- Aquela não é a rapariga que andou em cima
do Sanji-sensei? - Perguntou uma delas às outras do grupo.
- É sim.
- Mas tem estado sozinha ultimamente.
- Já deve ter conseguido a nota que queria.
Todas elas soltaram altas gargalhadas.
As garras da usuária da Neko Neko no mi
voltaram a surgir impulsivamente e ela estava prestes a saltar para cima das
raparigas.
- É o qu…
Acabou por ser interrompida por Cátia que
acabara de chegar ali. Para evitar que as raparigas fossem retalhadas em plena
luz do dia, embora merecessem, a aluna de história tapou a boca da colega e
tentou arrastá-la para dentro do edifício.
Infelizmente,
quando estavam a poucos metros da porta Brook surge do nada e acaba por levar
um murro da aluna de culinária. Murro este que, mesmo não sendo intencionado,
teve suficiente para arrancar a cabeça do professor de música.
O crânio do músico voou até ao grupo de
raparigas que eram alvo da fúria de Ana.
- Posso ver as vossas calcinhas?
- GYAHHH! – Gritaram em coro.
- O que faz aqui nesse estado Brook-sensei? –
Perguntou a que parecia ser a líder do grupo ao perceber que aquele era o seu
sensei.
- Parece que fui chutado. Yohohohoh.
A rapariga olhou em direção às usuárias e
percebeu o que tinha acontecido.
- Não vai deixar isto assim, pois não?
- Alguém está a pedir para morrer senpai. –
Ana ainda se tentava soltar.
- Está quieta! – Ordenou Cátia.
Brook recompõe-se e dirigisse até às duas.
- Vão almoçar e depois venham ter à sala de
professores.
Elas nunca tinham visto Brook tão sério.
Chegava a meter medo.
Ao fundo a rapariga que provocou tudo aquilo
envergava um sorriso vencedor no rosto.
Cerca de uma hora de pois já estavam todos
reunidos na sala de professores. Como era a única testemunha que tinha
assistido a tudo, Cátia explica a situação. Todos permaneceram em silêncio
durante a explicação.
- Ana não acredito que foste para uma briga…
E NÃO ME CHAMASTE! – Gritou Luffy que foi imediatamente silenciado com um soco
de Nami.
- Bem, estão todos cientes de que isto não
pode passar em branco. – Nami continuou. – Apesar de tudo isto não deixa de ser
uma agressão a um professor.
- Mas foi um acidente. – A pequena tenta
defender-se.
- Ana, a partir de hoje estás expulsa de
Mugiwara Academy.
Sentenciou a professora de geografia deixando
todos em choque.
Ninguém estava à espera daquilo.
Ao ouvir aquelas palavras Sanji entrou em
colapso e o seu espírito tentava fugir-lhe do corpo. Chopper correu para tentar
reanimar o cozinheiro que estava estendido no chão. Todos os outros permaneciam
imóveis e incrédulos, à exceção da aluna de Sanji que estava visivelmente
irritada. E antes que Cátia pudesse fazer o que quer que fosse para a impedir,
ela abriu a boca:
- Como assim? Primeiro desprezam-nos e agora
vão expulsar-me por causa de um acidente? E ainda se intitulam como a escola
que ajuda todos os alunos a viver os seus sonhos. Nós viemos para aqui porque
era uma escola diferente em que as pessoas não ligavam a rumores nem a se
importavam com aparências. Pelos vistos enganei-me. Se é assim não preciso
mesmo desta escola. Agora é contigo Cátia, desculpa. – A rapariga sai da sala
ainda revoltada.
Cátia que estava ao fundo da sala perto da
porta solta um suspiro enquanto leva a mão à cabeça. Ela também pensava aquilo,
mas não esperava um discurso daqueles vindo da amiga.
Depois daquele discurso o fantasma de Sanji
continuava a querer fugir-lhe; Franky estava tão emocionado que não conseguia
parar de chorar; Chopper, Luffy e Usopp ficaram completamente destroçados e
podia notar-se uma tristeza na expressão de cada um dos outros.
Ao lembrar-se da dificuldade de Ana para
controlar as suas emoções Cátia sai apressadamente da sala à sua procura. Iria
ser um problema se ela atacasse alguém naquele estado ou perdesse o controlo à
frente de toda a gente.
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