Capitulo 42 Mugiwara Academy

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42- Estudantes normais ou delinquentes? Um castigo injusto!
  Mais uma semana se tinha passado e os professores continuavam a ignorar as duas alunas. Pode dizer-se que estavam mesmo a ser ignoradas, pois já nem como simples alunas estavam a ser tratadas, mas quase como delinquentes.
  Apesar das tentativas de Ana para chamar a atenção de Sanji, o cozinheiro nem olhava mais para ela. No caso de Cátia, apesar das aulas com Robin serem aulas normais, comparadas com as de Ana, a professora de história estava claramente a evitar qualquer conversa que estivesse fora do contexto das aulas. Até Zoro havia parado de abordar a aluna de história. Tal como todos os outros professores faziam agora com ambas as alunas.
****

  Era agora terça-feira, Cátia levantou-se primeiro para se preparar para as aulas. Ana estava ainda num sono profundo, toda aquela situação tirava-lhe algumas horas de sono durante a noite e aquela era a altura perfeita para as repor.
  A rapariga sai do quarto tentando não fazer muito barulho e vai para a sua sala. Pelo caminho ouve alguns rumores sobre si e sobre a sua colega, mas simplesmente tudo o que diziam. Ela sabia qual era a verdade e não se queria irritar logo de manhã, muito menos com algo como aquilo. No entanto sabia que iria ser um problema se Ana ouvisse aquilo.
  Pouco tempo depois a aluna de culinária acorda com o som do despertador. Ainda ensonada prepara-se para ir ajudar na cantina. Tomou um duche para acordar, vestiu-se, pegou no telemóvel e saiu.
  Tal como em todas as terças os corredores por onde passava estavam vazios. Foi até à sala de professores onde era o seu ponto de encontro com Sanji, mas a sala já estava vazia. Então foi até ao vestiário feminino que ficava ao lado da cantina.
  Quando entrou no vestiário viu algo colado no seu cacifo. Ao ver o que era não podia ter ficado mais irritada.
  No seu cacifo estava colado um papel com um recado escrito nele dirigido à aluna de culinária:
“Ana,
  Hoje não preciso de ti.
  Podes tirar o dia para descansar.
                                     Sanji”
  - O que é isto? – A raiva da pequena deixou fugir as suas garras. – Onde está o “chwan”? E os corações? Que merda de recado é este?
  A rapariga rasgou o papel em pedacinhos ilegíveis e saiu batendo a porta com força. Mais um pouco e a porta ter-se-ia partido. O dia não lhe estava a começar nada bem.
  Encostado do outro lado da parede, no vestiário masculino, estava Sanji a fumar um dos seus cigarros enquanto se lamentava por ter de fazer aquilo à sua querida aluna.
  Mesmo não querendo ele acabou por ouvir os boatos sobre Ana e Cátia que pairavam pelos corredores da escola, bem como os outros professores. Na tentativa de remediar aquilo o cozinheiro decidira afastar-se ainda mais da sua pupila até que tudo acalmasse. O que implicava dispensar a ajuda da rapariga na cantina.
  Depois de matar o tempo livre a vaguear pela escola Ana pôs-se a caminho da cantina para encontra-se com Cátia e contar-lhe que a sua situação com o seu sensei piorara.
  A caminho da cantina, ainda fora do edifício, passa por um grupo de raparigas que iam em direção aos dormitórios. Passaram por ela em silêncio e quando já estavam a alguma distância disseram algo que Ana não pode deixar de ouvir.
  - Aquela não é a rapariga que andou em cima do Sanji-sensei? - Perguntou uma delas às outras do grupo.
  - É sim.
  - Mas tem estado sozinha ultimamente.
  - Já deve ter conseguido a nota que queria.
  Todas elas soltaram altas gargalhadas.
  As garras da usuária da Neko Neko no mi voltaram a surgir impulsivamente e ela estava prestes a saltar para cima das raparigas.
  - É o qu…
  Acabou por ser interrompida por Cátia que acabara de chegar ali. Para evitar que as raparigas fossem retalhadas em plena luz do dia, embora merecessem, a aluna de história tapou a boca da colega e tentou arrastá-la para dentro do edifício.
Infelizmente, quando estavam a poucos metros da porta Brook surge do nada e acaba por levar um murro da aluna de culinária. Murro este que, mesmo não sendo intencionado, teve suficiente para arrancar a cabeça do professor de música.
  O crânio do músico voou até ao grupo de raparigas que eram alvo da fúria de Ana.
  - Posso ver as vossas calcinhas?
  - GYAHHH! – Gritaram em coro.
  - O que faz aqui nesse estado Brook-sensei? – Perguntou a que parecia ser a líder do grupo ao perceber que aquele era o seu sensei.
  - Parece que fui chutado. Yohohohoh.
  A rapariga olhou em direção às usuárias e percebeu o que tinha acontecido.
  - Não vai deixar isto assim, pois não?
  - Alguém está a pedir para morrer senpai. – Ana ainda se tentava soltar.
  - Está quieta! – Ordenou Cátia.
  Brook recompõe-se e dirigisse até às duas.
  - Vão almoçar e depois venham ter à sala de professores.
  Elas nunca tinham visto Brook tão sério. Chegava a meter medo.
  Ao fundo a rapariga que provocou tudo aquilo envergava um sorriso vencedor no rosto.
  Cerca de uma hora de pois já estavam todos reunidos na sala de professores. Como era a única testemunha que tinha assistido a tudo, Cátia explica a situação. Todos permaneceram em silêncio durante a explicação.
  - Ana não acredito que foste para uma briga… E NÃO ME CHAMASTE! – Gritou Luffy que foi imediatamente silenciado com um soco de Nami.
  - Bem, estão todos cientes de que isto não pode passar em branco. – Nami continuou. – Apesar de tudo isto não deixa de ser uma agressão a um professor.
  - Mas foi um acidente. – A pequena tenta defender-se.
  - Ana, a partir de hoje estás expulsa de Mugiwara Academy.
  Sentenciou a professora de geografia deixando todos em choque. Ninguém estava à espera daquilo.
  Ao ouvir aquelas palavras Sanji entrou em colapso e o seu espírito tentava fugir-lhe do corpo. Chopper correu para tentar reanimar o cozinheiro que estava estendido no chão. Todos os outros permaneciam imóveis e incrédulos, à exceção da aluna de Sanji que estava visivelmente irritada. E antes que Cátia pudesse fazer o que quer que fosse para a impedir, ela abriu a boca:
  - Como assim? Primeiro desprezam-nos e agora vão expulsar-me por causa de um acidente? E ainda se intitulam como a escola que ajuda todos os alunos a viver os seus sonhos. Nós viemos para aqui porque era uma escola diferente em que as pessoas não ligavam a rumores nem a se importavam com aparências. Pelos vistos enganei-me. Se é assim não preciso mesmo desta escola. Agora é contigo Cátia, desculpa. – A rapariga sai da sala ainda revoltada.
  Cátia que estava ao fundo da sala perto da porta solta um suspiro enquanto leva a mão à cabeça. Ela também pensava aquilo, mas não esperava um discurso daqueles vindo da amiga.
  Depois daquele discurso o fantasma de Sanji continuava a querer fugir-lhe; Franky estava tão emocionado que não conseguia parar de chorar; Chopper, Luffy e Usopp ficaram completamente destroçados e podia notar-se uma tristeza na expressão de cada um dos outros.
  Ao lembrar-se da dificuldade de Ana para controlar as suas emoções Cátia sai apressadamente da sala à sua procura. Iria ser um problema se ela atacasse alguém naquele estado ou perdesse o controlo à frente de toda a gente. 

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