22 - Rasto De Morte
A equipa de limpeza da cidade andava numa correria louca entre becos escondidos. Meia dúzia de corpos encontravam-se espalhados por vários pontos da cidade. O trabalho tinha de ser realizado rápida e discretamente pois o dia ainda ia a meio e havia crianças a brincar nas ruas.
Algures na vila Orange, num parque de estacionamento pouco frequentado, o corpo de Karin Suzuki jazia inerte escondido por trás de um carro.
Pelas feridas que aparentava e as manchas de sangue visíveis na roupa e no chão dava a entender que não fora apenas atacada. A violência da agressão havia sido premeditada e quase parecia tratar-se de tortura. O único sinal de vida vinha da sua fraca respiração e pulso.
Um homem que, por sorte, ali passava dá de caras com a mulher e decide ir informar Adam do ocorrido.
Noutros pontos da cidade Sam ouvia os relatos das pessoas que encontraram os outros corpos.
Uma hora depois acabava de chegar ao último local.
- Informadora. - Cumprimentam os membros da equipa de limpeza com um aceno de cabeça.
- O que têm para mim?
- Não achamos identificação no corpo mas pelos traços parece tratar-se de um assassino ou um serial killer. Há também indícios de tortura, e bem cruel.
Sam lança um suspiro audível e acende um cigarro.
- Mais alguma coisa relevante?
- Não senhora.
Um homem corre na direção deles com uma cara de pânico legível.
- Informadora, chefe... - O homem tenta recuperar o fôlego.
- O que foi rapaz? - O chefe encara o seu subordinado com preocupação.
- Recebemos um comunicado de Orange. Encontraram um corpo.
- Outro? Tem identificação?
- Sim. É a Karin Suzuki.
Um olhar de espanto cobre o rosto de Sam. Matar serial killers um por um. Não havia dúvida, era uma caça ao homem. Alguém andava a tentar sacar informações torturando os serial killers que encontrasse. E em plena luz do dia.
"Estes métodos..."
- Qual é o estado dela? - Pergunta a Informadora dirigindo-se ao carro.
- Está viva mas muito fraca. O D. Adam chamou o Dr. Incubo e levou-a levou-a para a mansão de Orange.
- Certo. Cuidem do resto por aqui.
Sam arranca com o carro deixando um rasto de pó no ar.
A raiva consumia-a e ela descarregava pisando no acelerador. Aquele BMW nunca tinha andado tão depressa.
Agarrando o volante com a mão esquerda a mulher pega no telemóvel com a direita e digita um número sem sequer olhar para o visor.
A chamada é atendida ao segundo toque.
- Kenji sou eu. Não tenho muito tempo por isso ouve com atenção. Alguém anda a matar serial killers e a Suzuki foi uma das vitimas. ... Não, ela está viva. Preciso que vás à mansão e fales com o Dan. ... Liga à equipa de limpeza que eles dão-te os pormenores. ... Esquece esse idiota. Fala com o Dan. ... Ok, tem cuidado.
A ligação é encerrada no momento em que o carro cruza a fronteira de Orange. Tal como nas outras vilas a mansão ficava situada sensivelmente ao centro.
Os subordinados de Adam abrem os portões assim que avistam o carro.
Quando Sam chega ao quarto que lhe indicaram Incubo já tinha ido embora e quem estava com Karin era uma mulher que nunca antes vira.
- Boa tarde, deve ser a Informadora. O meu Mestre achou que viesse. - Cumprimenta a mulher com um sorriso.
- Mestre? Não me digas que és a famosa secretária fantasma do Joker?
- Sinto-me lisonjeada por me reconhecer. O meu nome é Feng.
- Como é que ela está?
- O Dr. disse que está estável. Pode demorar algum tempo a recobrar a consciência mas quando o fizer em principio estará tudo bem.
- Muito bem. Se não te importares fica com ela. Eu vou falar com o Adam.
Feng faz uma vénia respeitosa enquanto Sam se afasta do quarto.
"Porque será que fazem sempre estas tretas?"
- Preciso de férias.
*Imagem de Feng na página*
4 Comentários de "Zona Obscura - Vigésimo segundo"
Yoo, amei o blog é super kawaii *--*
Seguindo ;3
Arigatou.
Seguindo o teu também kissus
C.C-chan estou sempre acompanhando tudo, okey :)
Pode parecer que eu sumi, mais não!
Eu sei. ^^
E és sempre bem-vinda!!!
Obrigado por comentarem. O Jornal Anime agradece. Estão no meu kokoro o.<