28 - Encomenda
O capuz da capa cai para trás revelando a face da assassina. Alicia envergava um sorriso discreto.
- O que queres daqui? - Sam apontava a faca à garganta da mulher.
- Pensei que isto era neutro.
- Passará a ser, assim que me disseres quem encomendou a morte da Raven.
Uma gargalhada sarcástica e forçada sai da garganta de Alicia.
- Tu és a Informadora certo? Por isso...
- Estás enganada. Eu não disse que não sabia quem foi, eu pedi-te que me confirmasses quem foi.
- Então se sabes não tenho de dizer nada.
Com a paciência quase esgotada Sam pega num copo e enche-o de licor bebendo-o num único trago.
- Diz lá o que fazes aqui Alicia?
- Venho pedir um serviço da Informadora. - A assassina retira um envelope volumoso da capa.
- Que serviço? - Sam recolhe o envelope.
Uma fotografia virada para baixo desliza no balcão.
- Preciso de encontrar esse homem.
A Informadora dá uma vista de olhos na fotografia.
- Ele já não vive em Zona Obscura. Mas acho que sei de um sitio onde ele possa estar. - Sam escreve algo num papel e entrega.
Alicia coloca o capuz e levanta-se afastando-se.
- Ah, mais uma coisa Informadora. Sim, foi ele.
E com isto retira-se do bar.
Sam sorri e volta a encher o copo. Kenji observava-a com olhos penetrantes.
- Para onde é que estás a olhar? Tens algo a dizer?
- Não estás a beber demais?
- Alguém pediu a tua opinião?!
A porta do bar volta a abrir-se. Analie e Syrena entram inspecionando o lugar.
- Que concorrida que estou hoje. - ;Murmura Sam para si. - Em que posso ajudá-las?
- Oi Informadora! - Cumprimenta Analie alegremente.
- Viemos buscar uma encomenda do chefe. - Afirma Syrena sem rodeios mostrando a chave.
Sam lança um suspiro e pega na chave.
- Kenji serve alguma coisa às clientes. Volto já.
A mulher desaparece dentro da arrecadação deixando-os.
O barman mexe-se rapidamente e serve um café a Analie e uma garrafa de água a Syrena.
- Uau! Era mesmo isto que eu estava a precisar. Lês mentes? - Brinca Analie metendo o açúcar no café.
Kenji faz uma vénia de agradecimento e volta ao seu canto.
Alguns minutos depois Sam aparece carregando uma caixa de madeira com um cadeado.
- É a encomenda do chefe? - Pergunta Syrena desconfiada.
- Sim. Podem abrir se quiserem. - Anuncia Sam pousando a caixa e a chave no balcão.
Analie agarra a chave e destranca o cadeado. Curiosa abre a caixa revelando o seu interior. No fundo, camuflado com serradura, estava uma peça brilhante de metal.
- O que é? - Pergunta confusa.
- É uma peça para o Mustang. O Patrick pediu-me que a encomendasse da China. - Esclarece a Informadora.
- Aquele chefe cretino fez-nos vir aqui de propósito para buscar isto?! Uma missão o raio que o parta! - Explode Analie furiosa.
- E a chave? - Interrompe Syrena ignorando a histeria da companheira.
- Ele pediu-me que trancasse a caixa para que a peça não se estragasse. Quando chegou tranquei-a e enviei-lhe a chave para avisar que já a tinha.
Syrena consente. Agarra na caixa e em Analie, que ainda estava a reclamar, e agradecendo com uma reverência sai do bar e vai-se embora.
Sam cruza o balcão e senta-se numa mesa esticando as pernas e bocejando.
- Que manhã atarefada.
Kenji concorda com um aceno.
- Realmente preciso mesmo de férias...
2 Comentários de "Zona Obscura - Vigésimo oitavo"
legal,legalzão.... cada coisa. a Sam ta demais, passando muita informação kkkkkkk amo!!!!
A Sam é sempre assim. Nunca se sabe o que ela realmente planeia.
Obrigado por comentarem. O Jornal Anime agradece. Estão no meu kokoro o.<