Zona Obscura - Trigésimo primeiro

09:34:00 6

31 - Coisas Do Passado

  Música, mulheres, dinheiro.
  Póquer, roleta, dados.
  O mundo dos casinos não era muito diferente lá fora e na Zona Obscura.
  Tal como Blue e Yellow tinham os seus "negócios", a vila Brown dedicava-se aos casinos.
  Enquanto a noite avançava, numa sala VIP de um dos principais casinos da vila, uma reunião secreta ocorria.

  - Obrigado por comparecerem ao meu chamado senhores. - Afirma Bernard.
  - Espero que isto valha a pena. Já estou muito crescido para andar a esconder-me com medo do castigo. - Ironiza Niall descontente.
  - Posso saber porque é que insetos como vocês estão a fazer de conta que isto é vosso? Este casino é meu! Não se convida pessoas para irem para sítios que são delas! - Wallace esbracejava para o ar furioso.
  - Pelo perdão pela indelicadeza Wallace, mas os espiões daquela mulherzinha estão de olho em Green, encontrarmos-nos lá daria muito nas vistas.
  - Afinal qual é a razão desta repentina união de convivência? - Pergunta o chefe de Purple.
  Bernard retira um caderno do bolso e pousa-o na mesa:
  - Como vocês sabem aquele estúpido do Joker continua a recusar aliar-se a nós e a organização que usávamos está um caos desde o incidente das serial killers...
  - Isso é tudo culpa daquela Informadora. - Interrompe Niall.
  - Devíamos eliminar esse inseto! - Exclama Wallace.
  Os colegas encaram-no aterrorizados.
  - Wallace, a Informadora é a preferida do Supremo. - O líder de Green estava sério.
  - Ela ainda é mais perigosa que o Supremo. - Realça Niall a ficar pálido.
  - Mas está a atrapalhar-nos não está?
  O silêncio instala-se na sala. Aquela constatação dos factos começava a convencer Bernard. Por outro lado, Niall não estava assim tão seguro.
***
  Já haviam passado algumas horas desde o amanhecer.
  Conduzir a noite toda sem dormir estava a deixar Raven irritada. Sempre que olhava para Ryu a conduzir a seu lado a única resposta que recebia era um sorriso. Isso também a irritava.
  Enquanto imaginava quais as maneiras mais dolorosas de fazer sofrer alguém antes de o matar ouve a buzina da moto. Sakai Ryu fazia-lhe sinal para entrarem numa estrada secundária que se desviava da rota que levavam. Vinte minutos depois chegam a uma espécie de armazém abandonado.
  A serial killer estava cada vez mais confusa. Mas que encomenda é que se poderia ir buscar a um sítio daqueles? No máximo, o que havia lá dentro era pó e algumas teias de aranha.
  O general desmonta da moto e fica a olhar para o edifico com uma sombra de nostalgia.
  Caminhando devagar, com Raven atrás de si a observá-lo, entra.
  Em grande parte o interior encontrava-se vazio, apenas resistiam alguns armários e marcas de veículos enormes no chão.
  Sakai Ryu vai até um armário e abre-o. O chiar das molas parecia guinchos de roedores com o amplificar do eco. Ele pousa uma caixa de cartão no chão.
  - Que sitio é este? - Pergunta Raven. A sua voz é projetada por todo o armazém.
  - Ah, miss Raven, estava aí.
  "Claro que estava aqui!", pensa a serial killer.
  - Isto foi, à alguns anos, uma base militar.
  O silêncio regressa. Se aquilo fora uma base militar explicava os rastos no chão. Possivelmente pertenciam a tanques de guerra.
  - Bom, já tenho o que queria. - O general pega na caixa e encaminha-se para o exterior. - Miss Raven, poderia levar a minha encomenda por favor?
  Raven consente e agarra a caixa.
  Por muito que não se interessasse pelos assuntos de Ryu, a curiosidade não a largava. Precisava de saber o que fizera o general vir de tão longe de propósito. A caixa era bastante leve por isso a ideia de serem armas estava fora de questão.
  Discretamente a serial killer olha para o interior da caixa. A principio não reconhecera o que era mas ao olhar mais atentamente deu-se conta de se tratar de uniformes militares. Pelo volume deveriam ser pelo menos dois. Por cima dos uniformes encontrava-se uma chapa. Não poderia ser de Ryu pois já vira ele usar a sua, por isso tentou ler as letras da pequena placa de metal.
  Em choque Raven entra no carro e pousa a caixa no banco do passageiro. A viagem de regresso ia começar.
  Não sabia se lera bem o que estava escrito mas tinha quase a certeza que os seus olhos viram "SAM".
  "Sam... A única pessoa com esse nome só pode ser... Afinal quem é a Informadora?!"

6 Comentários de "Zona Obscura - Trigésimo primeiro"

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ooooooooooooooo que coisa não?!

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C.CMod

Verdade. Mas o Ryu também foi burro. Ele foi entregar a caixa à Raven a saber que ela ia ver.

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so conspiraçoes nossa senhora.
e depois a violenta sou eu né?

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C.CMod

Sabes como é. Eu sou uma pessoa dramática por natureza XD

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C.CMod

Quem sabe se ele não fez de propósito. Afinal é impossível saber o que aquele general pensa =)