54 – Escondido nas sombras! Um stalker invulgar!
A sensação de estar a ser observada tornava-se
cada vez mais intensa. Parecia que já tinha experimentado aquela mesma sensação
antes, mas não se conseguia lembrar de quando. As suas suspeitas são
confirmadas quando algo metálico reluz por entre as folhas de uns arbustos que
se encontravam a alguns metros da piscina.
Agora a prioridade era tirar Ana da água,
afinal ela era completamente inútil em modo pepino-do-mar.
Cátia levanta-se da espreguiçadeira veste o
casaco e pega numa das toalhas que tinham trazido. Vai até à piscina e baixa-se
à frente da colega.
- Está na hora de saíres da água Ana-chi.
- Tem mesmo de ser senpai? – Perguntou a
pequena desiludida. – A água está tão boa.
A aluna de história estende-lhe uma mão para
a ajudar a sair:
- Anda lá, já te explico.
- Pronto, eu saio. – Disse aceitando a ajuda
da colega.
Já fora de água a aluna de culinária pegou na
toalha e limpou o rosto. Tinha acabado de se embrulhar nela quando um forte
arrepio percorreu todo o seu corpo ficando depois imóvel durante alguns
segundos a olhar para a colega.
- Parece que já não preciso explicar. –
Observou Cátia.
- Não mesmo. – Inspirou o ar à sua volta mais
uma vez. – Como é que ainda não fizeste nada?
- Se calhar porque não sei quem é. Quem tem
nariz de gato aqui és tu não eu.
- Tinha-me esquecido disso. – Coçou a cabeça.
– Acho que conheço este cheiro. Faz-me lembrar a escola de intercâmbio.
- Tens a certeza?
- Sim. Parece que estamos só a perder tempo.
– Disse pondo as garras para fora e voltando-se para os arbustos.
- Calma, não é preciso matar ninguém.
- Vais sair daí ou temos de te ir buscar? –
Gritou a pequena para o intruso.
Cátia cruzou os braços:
- Estavas mortinha par dizer isso não
estavas?
- Talvez. – Sorriu um pouco envergonhada.
A silhueta de um homem enorme começou a sair
devagar detrás dos arbustos. Como ali estava escuro era impossível reconhecer
qualquer outro detalhe para além de uma argola dourada na zona abaixo de onde
devia estar o nariz. E ali ficou a remexer-se nas sombras.
Aquela atitude deixou as duas em estado de
alerta.
Passaram alguns minutos e os três continuavam
na mesma, as duas raparigas em posição defensiva e o estranho no escuro a
remexer-se olhando à vez para elas e para os lados. Até que Ana perde a
paciência:
- Por amor de Deus! Vais sair daí hoje?
- E depois não percebe porque é que anda
sempre à porrada. – Murmurou a aluna de história para si.
- Disseste alguma coisa senpai?
- Não, nada.
Enquanto isso já o homem tinha avançado
alguns passos. Agora já se podia ver claramente o invulgar perfil do indivíduo.
Não havia dúvidas de que era alguém com um estilo único. Podia até ser
considerado assustador devido às suas longas presas afiadas e a sua aparência
demoníaca, porém não era esse o caso.
O seu ar ameaçador fora totalmente ofuscado
pelas suas reações. Tinha as maçãs do rosto bastante coradas e continuava a
remexer-se com timidez enquanto olhava ora para as raparigas ora para os seus
polegares que rodava um à volta do outro nas suas mãos entrelaçadas.
- Bartolomeo-sensei? – Perguntou Cátia
espantada. – O que faz aqui?
- “Ela sabe o meu nome.” – Pensou para si
enquanto os seus olhos se enchiam de lágrimas de felicidade.
- Sensei? – Ana ficou de boca aberta.
- Sim, é um dos professores da escola de
intercâmbio.
- Não me lembro de alguma vez o ter visto.
- Isso provavelmente é porque passavas mais
tempo na enfermaria do que nas aulas.
- Não faço ideia do que é que estás a falar.
- Pois claro.
A usuária da mizu mizu no mi voltou novamente
a sua atenção para o homem. Ele estava cada vez mais animado.
- Ainda não nos disse o que é que veio aqui
fazer.
Parecia que ele se tinha esquecido de como é
que se fala:
- E-Eu queria… Aaa… E-Eu v-vim…
A usuária da neko neko no mi estava a usar
todas as suas forças para não se rir na cara dele, mas aquela expressão de
garoto do colegial que está prestes a declarar-se não ajudava nada. Cátia
repara na agitação da amiga:
- Não te atrevas!
- Estou a tentar. – Clareou a voz. – Muito
bem, … sensei…, sou toda ouvidos.
A forma como a pequena o chamou de sensei
deixou-o ainda mais animado e agitado. Finalmente conseguira ganhar coragem
para dizer o que queria. A tremer bastante devido ao seu nervosismo tirou de um
dos seus bolsos um pequeno caderno e uma caneta e curvou-se diante delas:
- P-P-Por favor dêem-me o vosso autógrafo?
- Autógrafo? – Perguntaram as duas em
uníssono.
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