55 – Control Time
As várias explosões
que ocorriam à volta deles deixavam a dúvida se aquilo seria mesmo necessário
ou apenas por diversão. Visto que a prioridade inicial já não tinha mais razão
agora focavam-se no contrário, em vez de evitar que o inimigo entrasse na
cidade impediam-no de sair acabando com todos como um tradicional tiro ao pato
entre nobres. Se bem que alguns deles dispensavam a caçadeira e preferiam algo
menos usual.
Feng, a leal secretária
do chefe de Orange, era uma expert em explosivos por isso gostava de usar
dinamite como sua arma principal. Daí a pergunta inicial.
A seu lado também Analie
e Syrena combinavam forças para aniquilar o maior número de inimigos possíveis.
Caso, mesmo assim, algum deles conseguisse passar ainda tinham um verdadeiro
monstro em frente ao portão, Alice Yoru. Coberta de sangue e com o riso
lunático desencorajava qualquer um a seguir adiante. Sendo assim o número de reféns
que se haviam rendido aumentava.
***
Noutro ponto da
cidade a batalha chegava ao seu ponto de término, o que não impedia que se lutasse
com o mesmo fervor do inicio.
A espada banhada de
um vermelho vivo não descansava por um segundo. Os olhos opacos da sua
empunhadora sugeriam o transe em que a mulher se obrigara a entrar para se
transformar naquela máquina assassina que viam.
- Não vai fazer
nada? – A voz de Letty acerta Niall.
- O que queres que
eu faça? Ela enlouqueceu.
- Agora já percebo
o que a Sam quer dizer quando vos chama de “bando de maricas”.
E assim a rapariga
corre até à mulher agarrando-lhe o pulso. Por pouco não foi cortada também mas
após algumas palavras, Hana recobra a consciência largando a espada e cedendo
finalmente ao profundo choro pela morte de Johnathan.
***
Proteger o Supremo.
Apenas e só essas palavras estavam gravadas na mente e coração daqueles homens.
Por muito que o seu chefe fosse competente não queriam correr o risco de cair numa
armadilha e agora sem Dan ainda pior.
Debaixo da máscara
o rasto das lágrimas que até à pouco caiam mostravam a expressão infantil e
desamparada que tinha. Perdera Dan e depois disto acreditava que muita coisa
iria mudar. E já que a missão era proteger o Supremo ele próprio também participaria.
Afastando-se sem
ser notado, algo fácil devido à confusão, o homem retira a máscara, rasga
algumas roupas e regressa.
O primeiro a
notá-lo é Damon que o olha com a cara mais surpresa que consegue.
- Não te preocupes,
é para proteger o Supremo não é? – Sorri Fukuwa virando-se para os
companheiros. – Pessoal, o Rei está seguro. Acabem com eles!
***
- Não sabes fazer
bombas artesanais? – Pergunta Karin Suzuki quebrando o pescoço de mais um
homem.
- E tu não consegues
matar mais que um ao mesmo tempo? – Retribui Heiki Hanyou com má cara.
Parecia que aquele
lugar havia sido abandonado por Deus. Podiam jurar que eram as únicas de Zona
Obscura ali. Depois do salvamento fracassado de Renan as coisas só pioraram. Mais
ninguém apareceu para ajudar e cada vez estavam mais cercadas.
É então que algo
capta a atenção da traficante:
- Se eu te arranjar
a tal bomba consegues levá-la até ao meio deles?
- Queres que eu
passe pelo meio de um grupo de tipos que me querem estripar com uma bomba nas mãos?
- Só tenho um tiro.
- Perfeito.
Sorrindo, Heiki
corre em direção a um inimigo em específico acertando-lhe na cabeça com a
espingarda e arranca-lhe o colete, que trazia meia dúzia de granadas nos
bolsos, atirando-o a Karin. Esta pega nele e desviando-se dos ataques chega ao
centro do grupo lançando-o ao ar.
O tiro certeiro de
Hanyou finaliza o plano.
- Estás bem miúda? –
Heiki levanta a serial killer que fora “cuspida” pela explosão.
- Podias ter
esperado que eu fugisse.
- Desculpa, não
calhou.
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